quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Histórico da Catedral Metropolitana de Belém
A primeira igreja de Belém foi construída provisoriamente dentro do Forte do Presépio e já era dedicada a Nossa Senhora das Graças. Poucos anos depois foi transferida para o atual Largo da Sé, numa construção precária. No século seguinte, em 1719, a Diocese do Maranhão é dividida à pedido de D. João V e Belém passa a sediar a recém-criada Diocese do Pará, ganhando direito a honras de Sé Episcopal a sua igreja matriz.
As obras da atual edificação, construída no mesmo local da primitiva igreja, tiveram início no ano de 1748. Data dessa época a planta geral da igreja e os níveis inferiores da fachada, incluindo o portal principal, de feição barroca pombalina. Após algumas interrupções, a direção das obras foi assumida em 1755 por Antônio José Landi, arquiteto italiano chegado a Belém em 1753, que deixou ampla obra na região. Landi terminou a fachada, acrescentando as duas torres e o frontão. As torres, semelhantes às da Igreja das Mercês de Belém, também projetadas por Landi, não têm paralelos no mundo luso-brasileiro e são inspiradas em modelos bolonheses, região de origem do arquiteto. O imponente frontão, ladeado por adornos em formato de cones e/ou piramidais, tem um perfil mais barroco-rococó e contém uma abertura com uma estátua de Nossa Senhora. No dia 8 de Setembro de 1771 é que a construção da Catedral foi dada como concluída. As obras duraram 23 anos. A construção foi totalmente concluída em 1782.
    O nome “Catedral” vem da palavra “cátedra” (nas Catedrais se encontra a cadeira, cátedra, do Padre). Cada Bispo tem sua sede, por isso, a Matriz é conhecida como igreja da Sé. Então é repetitivo usar Catedral da Sé.
            O interior da igreja sofreu uma reforma radical em 1882 ordenada pelo bispo Dom Antônio de Macedo Costa, quando a catedral passou por uma grande mudança. O retábulo original, de Landi era como do Rococó e tinha uma pintura de Nossa Senhora das Graças pintada pelo português Pedro Alexandrino de Carvalho. Tanto o retábulo quanto a pintura estão, hoje em dia, perdidos e são apenas conhecidos por desenhos antigos.
            O altar principal atual foi criado em Roma por Luca Carimini no século XIX, e as pinturas de dentro da igreja foram feitas pelos italianos Domenico de Angelis e Giusepe Capranesi. O órgão, feito pela oficina do francês Aristide Cavillé-Coll, instalado em 1882 e é o maior órgão da América Latina. Em 1906, a Catedral foi elevada a sede de arquidiocese.
            A Catedral é a parte mais importante do Círio de Nazaré, a maior procissão do mundo ocidental. Após uma missa na Catedral, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré sai em procissão até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, acompanhada por milhares de pessoas. Depois de vários anos sem medidas de conservação, a Catedral Metropolitana de Belém foi restaurada em 2005, e reaberta ao público no dia 1º de Setembro de 2009.
  Quando fundaram Belém em 1616 e, construíram o Forte do Presépio (hoje do Castelo), dentro dessa fortificação ergueram a primeira igreja, dedicada a N. Srª da Graça. Depois, em uma clareira aberta na mata, bem perto da fortaleza, construíram outra capela, em substituição à primeira. E ao longo dos anos, várias outras reconstruções e melhoramentos.
No ano de 1723 o rei de Portugal D. João V, atendendo às reivindicações da Igreja do Pará, autorizou a construção da nova Catedral, ou Sé, em Belém. E talvez, para surpresa geral, determinou que a nova igreja tivesse toda a grandiosidade possível.
Em 3 de maio de 1748 houve a solenidade do lançamento da pedra fundamental da nova Sé, no mesmo local da antiga.A planta da Catedral de Belém é de autoria desconhecida. O nome do arquiteto Antônio José Landi é ligado a nossa Sé somente depois de cinco anos do início da construção, contribuindo principalmente para o acabamento e decoração do interior da Catedral.
A reforma empreendida pelo Bispo D. Macedo Costa entre os anos de 1881 a 1892 foi total: foram colocados pisos de mármore de Carrara, novos altares, outras telas e afrescos.
Dados de algumas áreas da Catedral
Fachada da Catedral

Ela tem características Romanas com duas torres. As duas com lanternas fingidas, elas são meio que coroadas de zimbórios juntamente com essas lanternas. Lá tem uma imagem localizada dentro de uma abertura, conhecida como imagem de nicho, com mais ou menos 4 metros e 20. Ao entrar na igreja logo se vê uma imagem de N. S. da Conceição e do Bom Jesus de Cana Verde.
Altares laterais

Ao longo do corpo da igreja existem dez altares, cinco de cada lado. Todos eles são de mármore e ostentam uma tela.
Altares do Sagrado Coração e Nossa Senhora da Graça

Ambos de fino mármore e de colinas trabalhadas a estilo romano em frente um do outro em duas grandes capelas laterais.
Púlpitos

Instalados durante a grande reforma do século passado todo trabalhado e folheado a ouro. Púlpitos de ferro.
Candelabros de ferro

Em estilo neoclássico vieram de Roma, como oferta do Papa Pio IX.
Altar-mor

Todo de mármore e de uma variedade muito branca e transparente de gesso, construído na Itália pelo escultor Luca Carimini e adquirido por D. Antônio de Macedo Costa (1871) com contribuições do Papa Pio IX e do Imperador Dom Pedro II.



Fundo escuro, cores predominantes do barroco no Brasil (azul e vermelho). Presença grandiosa do teocentrismo, outra característica do barroco no Brasil.


Arco com ornamentações acima da imagem da santa, estatuetas banhadas a ouro ao lado da imagem, pequenas esculturas de mármore italiano ornamentando o local da imagem.




Frente com duas torres, frontão com traços curvilíneos, sistema de três janelas na frente.

 

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